A redução de custos pode agregar muitos benefícios ao empreendimento e às partes interessadas. Por exemplo, a melhoria da capacidade competitiva, o aumento da liquidez do negócio, a otimização das margens financeiras e o maior retorno aos investidores.
Entretanto, para que seja realidade, é preciso contar com uma aliada: a contabilidade. Boas práticas contábeis geram informações verídicas, variadas e volumosas à empresa, permitindo a melhoria das decisões tomadas ao longo do expediente, bem como a redução de custos e a otimização do planejamento tributário, entre outras vantagens.
Nos tópicos seguintes, daremos profundidade ao assunto. Explicamos a relação entre a contabilidade e a redução de custos na empresa. Portanto, continue com sua leitura!
De forma ampla, custos podem ser compreendidos como todo sacrifício monetário que é necessário à manutenção de uma empresa. O pagamento de salários, fornecedores, etc., portanto, são custos e devem ser bem gerenciados.
Felizmente, a contabilidade oferece uma visão geral dos custos por meio dos relatórios contábeis, como o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), permitindo que o gestor saiba onde o dinheiro foi aplicado.
Os demonstrativos contábeis também favorecem análises específicas, por exemplo, ao avaliar a participação de determinados custos na receita total da empresa (análise vertical) e o comportamento de certo custo ao longo dos tempos (análise horizontal).
Toda empresa formalmente estabelecida lida com tributos. Em suma, são impostos, taxas e contribuições necessárias à manutenção das suas operações. Quando a questão tributária é mal gerenciada, a organização pode arcar com mais custos que o ideal.
Por esse motivo, é importante utilizar a contabilidade tributária a seu favor e entender o melhor regime para sua empresa. Existem vários regimes tributários, como o Lucro Real e o Lucro Presumido, além do Simples Nacional e seus respectivos Anexos.
O adequado regime tributário pode promover muitos benefícios, especialmente, a redução do volume de impostos pagos e a maior facilidade na prestação de contas. Também pode resultar em menos custos para manutenção do quadro de trabalhadores.
Ao longo do expediente, é natural que os gestores tomem várias decisões de investimento. Por exemplo, adquirir novas tecnologias ou abrir mais unidades de negócios. Más decisões implicam em custos irrecuperáveis, e colocam em risco a sobrevivência da firma.
Novamente, a contabilidade pode ajudar bastante. As informações contábeis costumam ser utilizadas em modelos de análise de viabilidade econômica, como o Valor Presente Líquido (VPL) ou a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), entre vários outros.
Na medida em que os dados contábeis são aplicados aos modelos de viabilidade, pode-se compreender melhor o futuro, avaliar quais são os melhores investimentos (seus custos e respectivos retornos) e tomar decisões que promovam ganhos efetivos ao negócio.
Para realizar investimentos e crescer, uma empresa precisa acessar capital. Ele pode ser obtido com investidores ou instituições financeiras, especialmente, bancos. Porém, todo capital conta com um custo (o chamado custo de capital), que pode ser alto.
Para ficar mais claro, pense no custo de capital como o quanto a empresa paga para acessar certo volume financeiro. Quando o custo é alto, significa que terá mais despesas financeiras com juros e encargos. Ou seja, o dinheiro ficou mais caro.
A contabilidade ajuda a gerar segurança e, por consequência, reduzir o custo de capital. Na realidade, os relatórios contábeis ajudam a mitigar problemas de assimetria informacional, permitindo que credores conheçam melhor a empresa e confiam mais nela.
Um grande problema às empresas é a ocorrência de desvios e práticas fraudulentas. Além de implicar em custos adicionais e indevidos, afeta o espírito de equipe e a confiança entre as pessoas que fazem parte do negócio. Logo, é algo tóxico e realmente caro.
Felizmente, a contabilidade pode ajudar. Boas práticas contábeis resultam em melhores padrões de uso dos recursos financeiros, fazendo com que os sócios e diretores sejam mais responsáveis. Também reduz o número de lacunas úteis às práticas fraudulentas.
É importante considerar, ainda, que os relatórios contábeis fornecem dados auditáveis, que podem ser estudados para diagnosticar fraudes, desvios ou mesmo equívocos. Assim, toda a empresa é beneficiada, tornando-se menos suscetível às fraudes e seus custos.
Os custos podem ser classificados de várias formas. Por exemplo, diretos, indiretos, fixos e variáveis. Mais recentemente, passaram a ser classificados como custos estratégicos ou não estratégicos — dependendo da sua implicação no crescimento da empresa.
Em resumo, custos estratégicos promovem novas oportunidades lucrativas e aumentam a eficiência. Custos não estratégicos, por sua vez, são críticos à manutenção da empresa, mas não implicam em crescimento, como gastos com impostos, aluguel ou energia elétrica.
A contabilidade, especialmente, sua vertente gerencial, promove um olhar mais atento aos custos estratégicos, identificando como otimizá-los. Também lida cuidadosamente com os não estratégicos, identificando formas de reduzi-los ou mesmo eliminá-los.
Há, ainda, que se considerar o aproveitamento dos benefícios fiscais. Pense neles como benefícios fornecidos pelo governo (federal, estadual ou municipal), permitindo a redução ou eliminação da carga tributária, bem como compensação de tributos.
Uma boa contabilidade pode identificar os formatos de benefícios disponíveis à empresa, bem como conduzir os trâmites necessários e coletar os documentos exigidos em lei. Desse modo, a empresa pode arcar com menos impostos, taxas ou contribuições.
Na realidade, especialmente às empresas de médio e grande porte, o aproveitamento dos benefícios é uma das principais formas de reduzir tributos, permitindo que a organização continue “enxuta” e consiga praticar preços competitivos no mercado.
Agora, você está por dentro do assunto. Lembre-se sempre de que a contabilidade tem uma relação íntima com a redução de custos na empresa, seja porque melhora as decisões, seja porque otimiza o enquadramento tributário do negócio. Assim, pode-se ampliar os resultados da empresa, tornando-a mais saudável, próspera e longeva que seus competidores.
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